1º Encontro Informal do Clube Panda 4x4net

Encontros oficiais, Informais e Actividades do Clube

1º Encontro Informal do Clube Panda 4x4net

Mensagempor Agostinho » terça ago 21, 2007 18:21

Venho por este meio propor o 1º Passeio informal do Clube:

Chamaria-lhe "Pelas pontes do Neiva" este passeio terá inicio na nascente do Rio Neiva e acabará na sua foz, passando sempre que possivel nas suas pitorescas pontes.

Para quem não conhece o Rio Neiva, este é só um dos rios menos poluidos da europa.

Consultem este link: http://atelier.hannover2000.mct.pt/~pr350/index2.htm

Duas das pontes por onde iremos passar:

Ponte das tábuas
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Ponte Nova
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Para os amantes das novas tecnologias em GPS, aqui fica um link onde podem fazer o download das fotografias aéreas georeferênciadas (para abrir no Oziexplorer e CompeGPS) do Neiva: http://rapidshare.com/files/50403567/Neiva.rar.html
Editado pela última vez por Agostinho em domingo out 07, 2007 23:54, num total de 1 vez.
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Mensagempor andreporelo » terça ago 21, 2007 23:16

É já!!!

É marcar-se uma data que possamos o mais possivel, que daqui de baixo, garantido estou eu!!!

:) Vamos passear que tou farto de ter o Panda parado!
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Mensagempor Agostinho » quinta ago 23, 2007 19:50

Mais algumas pontes:
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Mensagempor Agostinho » terça ago 28, 2007 13:51

Texto retirado de um blog:

"Depois o alarido das crianças enche o ar, as gargalhadas e a azáfama das tarefas a cumprir: milho e farelo para os pintainhos , descobrir na palha os ovos da galinhas, dar as maças do chão ás ovelhas, correr atrás dos coelhos, descobrir entre a folhagem os ovos de pavão. Andam de socas, sujam-se de terra, são mordidas por mosquitos e riem, riem muito. As tardes são na represa do rio Neiva, junto à azenha pelo caminho medieval. Lugares inimagináveis que esse rio ainda tem em silêncio. Depois descobriram com o pai que perto da casa isolada existe um caminho de Santiago, e fizeram-no aos bocados pela fresca da tarde, apanhavam amoras que depois de lavadas comiam antes de ir para a cama."
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Mensagempor Hugo.Panda4x4 » terça ago 28, 2007 14:12

Podes contar comigo :o
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Mensagempor Agostinho » terça set 25, 2007 8:22

Este Informal fica agendado para o dia 27 de Outubro.
Digam qq coisa

P.S. Ainda no domingo fui pedalar em parte do percurso e tive o raro prazer de ver uma familia de Lontras. :D
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Mensagempor Luis Dores » terça set 25, 2007 8:53

Parece ser um precurso fantástico, isso é volta só para um dia??

Abraço,
Luis Dores
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Mensagempor PandaCross06 » terça set 25, 2007 9:15

Com estas imagens, dá 1 fim de semana fantástico. :o


Pedro Alves
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Mensagempor Agostinho » terça set 25, 2007 19:10

Sim, como é um encontro informal, é só para um dia, mas se quiserem dár mais umas voltas pelo Minho... sempre se pode arranjar mais alguma coisa.
Este encontro informal terá cerca de 60Km's é efectuado em um misto de terra e alcatrão, pois de outra forma não chegariamos a todas as pontes. Irá dár primazia ao convivio, e o desfrutar de imagens de inigualável beleza.
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Mensagempor andreporelo » quarta set 26, 2007 3:02

Mega-revisão ao Panda e ai vai a pandilha Porêlo!!!

Marcado na agenda!

:o :lol: :)
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Mensagempor Nuno Pacheco » quarta out 03, 2007 20:33

:o Contem comigo, se eu for estou lá :?
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Mensagempor joaopinheiro » segunda out 08, 2007 8:56

Boas pessoal,

É pá um passeio desses não é de perder, mas nesse dia para mim é impossivel tenho um casorio. :( :(

Uma pequena alteração no calendário e seria optimo. :) :) :)
Cumprimentos,

João Pinheiro, Sisley, Barcelos
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Mensagempor jpereira » terça out 09, 2007 9:26

Desculpem a ignirância, mas isso fica para que lados?
jpereira
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Mensagempor Agostinho » terça out 09, 2007 10:46

Norte.
Nasce na Serra do Oural em Vila Verde e desagua no Atlantico, entre os concelhos de Esposende e Viana do Castelo
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Passeio Informal

Mensagempor José Gomes » terça out 09, 2007 17:42

Nessa data não posso, porque nesse fim de semana, casa o meu filho. Gozem vocês, fica para a próxima.
Cumprimenttos
Zé Gomes
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Mensagempor JOAO FRANCISCO » terça out 09, 2007 19:45

com muita pena minha não vou poder ir

um abraço
joão francisco
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Mensagempor PandaCross06 » terça out 09, 2007 21:51

Eu vou!

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Mensagempor Hugo.Panda4x4 » sexta out 12, 2007 11:04

Tenho confirmados;

Soares - Braga = 2 pessoas
Rui Filipe - Porto = 2 pessoas
Rui - Porto = 4 pessoas
Eduardo - Porto = ? pessoas

Indecisos;

Miguel - Porto
Garcia - Braga
Ant. Pereira - Braga
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Mensagempor Agostinho » terça out 16, 2007 10:11

ATENÇÃO: O local de inicio foi ligeiramente alterado, ver o post mais recente.

Aqui http://www.box.net/shared/b5pd21vb64 estão as indicações para chegar ao local de partida para este 1ºInformal do Clube Panda 4x4net.
Tem:
Autoestrada.pdf - com as indicações para quem prefere a autoestrada (começa algures na A1 antes de chegar ao Porto)
N1-IC2 (sem pagar portagens).pdf - como o nome indica, vindo da N1/IC2 (começa algures antes do Porto)
Partida.kml - Placemark para verem o local de partida no Google Earth
Partida.wpt - Waypoint para verem o local de partida no Oziexplorer
Partida.ov2 - POI para o Tom Tom

Se repararem, não iremos começar na nascente do Rio Neiva, tal deve-se a falta de tempo da minha parte, pois à cerca de uma semana nasceu a minha (e da Sandra) Inês e agora tenho de ser pai a tempo inteiro :D

Dentro de dias coloco aqui a rota do Informal.

Em breve coloco aqui a rota.
Editado pela última vez por Agostinho em domingo out 21, 2007 21:14, num total de 1 vez.
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Mensagempor Agostinho » terça out 16, 2007 20:18

Já que não vou ter tempo de preparar um dossie, aqui fica as histórias e tradições das freguesias/aldeias por onde iremos passar:

Arcozelo VVD
População: 419
Actividades económicas: Agricultura, pecuária, indústria têxtil e construção civil
Festas e Romarias: Senhor dos Passos (Agosto) e S. Tiago (25 de Julho)
Outros Locais: Casa dos Barbosas (brasonada, com capela e alminhas)
Orago: S. Tiago

Gaifar PTL
População: 313
Actividades económicas: Agricultura, pecuária, transformação de madeira e serralharia e construção civil
Festas e Romarias: Santa Eulália (1.º domingo de Agosto), Menino Jesus (25 de Dezembro) e Nossa Senhora do Livramento
Património: Igreja paroquial e cruzeiro (lugar da Igreja)
Orago: Santa Eulália
Gaifar, ocupando cerca de 301 há, está localizada à margem direita do rio Neiva, sem contudo chegar até ao mesmo, já que se entrepõem antes as freguesias de Vilar das Almas e Sandiães, ambas a sul de Gaifar. Gaifar dista cerca de vinte quilómetros da sede do concelho, bem ao sul do mesmo e tem ainda a estabelecer-lhe limites a freguesia de Mato a norte. Refira-se que a nascente tem a já citada Vilar das Almas assim como a poente está Freixo e novamente Sandiães. Todas as freguesias citadas pertencentes ao concelho de Ponte de Lima.
Antiga freguesia de Santa Eulália de Gaifar, é antiga e anterior à nossa nacionalidade, encontrando-se fortemente documentada em escrituras do séc. XII. Era vigairaria da apresentação do Cabido da Sé de Braga, no antigo concelho de Albergaria de Penela.
Compreende os lugares de Barrocas, Cachadas, Rua, Baralde, Posa, Igreja, Alminhas, Monte, Corgo, Naia e Souto do Monte.
Primitivo povoamento pré-histórico com notáveis vestígios arqueológicos na sua área e imediações, o topónimo regista-se pela primeira vez em 1126. Entregue ao Cabido da Sé de Braga em 1145, aquando da divisão das rendas da diocese, foi-lhe confirmada a entrega em 1188. Começa a aparecer no território de Penela com as inquirições de 1129.
Em 1369 - 1380, "A egreja de Gueyffar he emprazada ( ... ) com o lugar que chamam de Cenoy". Cendom, que em 1135 aparece como "villa ( ... ) Cendoni" e depois como simples lugar de Gaifar.
Por largos anos deu o nome à freguesia, que assim, de denominou Santa Eulália de Cendoni. Antes como agora a agricultura é a principal actividade económica, sobressaindo-se actualmente a exploração agrícola através das estufas.

Vilar das Almas PTL
População: 341
Actividades económicas: Agricultura e pecuária e pequeno comércio
Festas e Romarias: Santo Cristo e Senhora da Guia (Agosto), Santo Estêvão e o Menino (25 de Dezembro)
Património: Igreja paroquial
Outros Locais: Quintas do Pereiro, de Proence, moinhos de rio em Santo António e lugares do Salgueiral e da Manga
Artesanato: Tecelagem de linho
Orago: Santo Estêvão
População: 341
Actividades económicas: Agricultura e pecuária e pequeno comércio
Festas e Romarias: Santo Cristo e Senhora da Guia (Agosto), Santo Estêvão e o Menino (25 de Dezembro)
Património: Igreja paroquial
Outros Locais: Quintas do Pereiro, de Proence, moinhos de rio em Santo António e lugares do Salgueiral e da Manga
Artesanato: Tecelagem de linho
Orago: Santo Estêvão
Vilar das Almas, situada nas margens do rio Neiva, dista cerca de vinte quilómetros da sede do concelho, e ocupa uma área de cerca de 521 ha
Pertencem-lhe os lugares de Além, Cachada, Eido e Eido Velho, Eiras, Freitas, Monte, Outeiro, Rua, Santo António e Talho.
O povoamento do território desta freguesia é muito anterior ao século XII.
Datado de um período anterior à nacionalidade, nas imediações existem fortificações castrejas e outros vestígios de povos primitivos. A toponímia apresenta casos vários de genitivos pessoais de nomes de origem germânica, anteriores, de séculos, à Fundação.
O mais significativo dos seus topónimos será, ainda assim, Vilar, o principal, que deu nome à freguesia, com a curiosidade de ser apenas a denominação da freguesia e não de uma povoação. O que é notável, porque a designação de Vilar implica um lugar bem determinado, até bem circunscrito ou relativamente restrito, quer provenha aqui de designação de uma fracção de "villa" agrária pré-nacional (o mais aceitável), quer signifique um núcleo populacional sobre si ou isolado, mais tardio. Em todo o caso, é possível que Vilar seja um topónimo correspondente a uma "villa" cujo termo abrangesse a totalidade, ou quase, da actual freguesia, o que, em parte, explicaria a razão por que a toponímia é tão pouco expressiva de antiguidade, faltando, nomeadamente, os genitivos antroponímicos que aparecem nas freguesias vizinhas: é que não existiu aqui propriamente uma "villa", mas fracção de "villa", que depois se individualizou, com termo próprio, e se formalizou em paróquia - a de Santo Estêvão de Riba de Neiva, assim chamada ainda nos meados do século XIII.
A designação, nestas condições, proviria de uma época credivelmente pré-nacional. E, como a igreja do "vilar" foi edificada cerca das nascentes do rio, e dele distando duzentos metros, daí a designação toponímica da igreja, que, por costume, se foi conservando, ainda quando Vilar já se houvesse firmado como topónimo: paróquia de Santo Estêvão de Riba de Neiva, o que quer dizer "sita em riba de Neiva".
Por fim, Vilar, já topónimo (a que muito mais tarde se agregou "das Almas" para distinção dos outros e muitos Vilares, aproveitando-se a característica religiosa local de alguma irmandade ou confraria antiga e importante), deixou. designação do local (da igreja, já se vê) para restar na da freguesia toda, passando o lugar de Vilar, propriamente, a dizer-se Igreja, fenómeno toponímico com causas religiosas, muito comum no norte do país.
A igreja deve ser de fundação muito anterior à Nacionalidade. Foi abadia, sendo o abade apresentado pelo ordinário, decerto pela mesma razão de posse arquiepiscopal do vizinho couto de Gaifar (doação de fidalgos no século XII ou XIII, o mais tarde).
A freguesia - que deverá ter sido instituída como paróquia só no século Xll - pertenceu ao concelho de Albergaria de Penela, onde se manteve de ainda antes da Fundação até à sua extinção, no ano de 1855, passando para o actual concelho de Ponte de Lima, de que ocupa o extremo sudestino.

Sandiães PTL
População: 438
Actividades económicas: Agricultura e pecuária, transformação de madeira, indústria têxtil, panificação e pequeno comércio
Festas e Romarias: S. Mamede, S. Brás e Nossa Senhora de Fátima (17 de Agosto)
Património: Igreja paroquial, cruzeiro e ponte de Anhel.
Outros Locais: Quinta do Vasco
Artesanato: Cestaria e olaria
Colectividades: Rancho Folclórico “Danças e Cantares do Neiva Sandiães”
Orago: S. Mamede
Situada nas proximidades da margem direita do rio Neiva, a freguesia de Sandiães dista cerca de vinte quilómetros da sede do concelho.
Compreende os seguintes lugares: Barranca, Carreira, Cruzeiro, Ermemil, Gaelas, Longra, Outeiro da Ribeira, Ponte do Anhel, Proence, Rua Direita, Soutelo, Cruzeiro e Proence.
A toponímia antroponímica desta freguesia, cuja criação é anterior, talvez muito, ao século XIII, revela uma considerável antiguidade de povoamento do seu território, mesmo não considerando as lições da sua arqueologia pré-histórica.
Entre os mais e os menos antigos nomes de lugares da freguesia, quatro, pelo menos, têm origem em nomes pessoais de raiz germânica, mostrando a existência mais que milenária de propriedades rústicas e revelando os nomes dos seus possessores medievais. São os casos do topónimo principal (e principal porque nele se edificou antes do século XII a igreja de São Mamede, que veio a ser a paroquial), Sandiães (de Sindinus), Irmensil (de Ermensilus), Aljariz (de Argericus) e Gados (de Cattus).
Nos meados do século XIII, Sandiães, que era das mais antigas freguesias na terra ou julgado medieval de Penela, compunha-se de prédios reguengos avulsos (poucos) e de herdades afossadeiras que revelavam uma situação da classe popular local relativamente próspera. As fossadeiras eram pagas pelo S. Miguel com certa variedade, desde meia vara até várias e vários côvados de bragal (e até uma paga apenas uma teiga de milho "pela de Barcelos", isto é, pelas medidas desta localidade, e outra apenas um dinheiro). De resto, havia os encargos gerais de uma freguesia por esses tempos: peitar a voz e a coima (casos crimes), ir na anúduva (serviço no castelo de Penela ou outros), "vida" ao mordomo "senhas vezes em cada mês", dois ovos pela Páscoa e "senhos frângãos" adiante do S. João — por casal ou herdade, certamente. Também era costume dar-se ao Castelo de Penela um ovo (por casal e por mês) ou o valor dele.
Na primeira metade do século XIII, comprou aqui uma herdade foreira o filho de algo D. Martim Peres "Zota", irmão do rico homem D. João Peres "Redondo", o qual, claro está, a honrava. Então, a Coroa não possuía o padroado da igreja de S. Mamede.
Em 1220 pagava toda a freguesia de fossadeira onze côvados de bragal e um dinheiro; dava a "vida" ao mordomo de Penela e ao casteleiro deste castelo, uma vez por mês e qual houver, não sendo, pois, obrigados os habitantes a fazer refeições especiais; e, nessa data, a igreja local possuía na freguesia searas e "quebradas", e a Ordem do Hospital tinha sete casais (além de partes de um em Argeriz) e quatro bragais de renda.
A merecer referência particular nesta freguesia — a Quinta do Vasco

Panque BCL
População: 702
Actividades económicas: Agricultura
Festas e Romarias: Festa do Menino Jesus (25 de Dezembro)
Património: Igreja paroquial e Capela de Santa Eulália, Capela de Santa Ana, Alminhas do Fulão e Capela de S. Martinho
Orago: Santa Eulália
A Freguesia de Panque, ocupa uma área de cerca de 681 hectares, confronta, a norte, com as freguesias de Sandiães, Ardegão e São Julião de Freixo (concelho de Ponte de Lima), a noroeste com a freguesia de Cossourado, a sudoeste com Couto, a sul com Alvito S. Pedro e a sudeste com Alheira. Panque era uma povoação suevo-visigótica, da qual ainda subsistem alguns vestígios. Nas escavações efectuadas, achou-se uma Ara dedicada a Júpiter, que terá servido de pé de altar nesse antigo povoamento, e está, actualmente, exposta no Museu Pio XII. Na região, encontrou-se a Necrópole Medieval de Mandim, com vários túmulos, entre os quais, um contendo dois esqueletos. Ao longo dos tempos, Panque surgindo, em documentos oficiais, com as seguintes designações: em 1164, Sante Eolalie de Paanqui; em 1258 Sancte Ovaye de Paanqui; em 1290 Sancta Ollacha de Paanqui; em 1320 Sancte Eolalie de Paanqui; em 1402 Sancta Ovaya de Panuque; em 1528 Panque Saancta Vaia e actualmente Santa Eulália Panque. No Censo da população de 1527, as freguesias de Santa Ovaya e de São Martinho de Mondim ainda eram independentes mas, sessenta anos depois, em 29 de Setembro de 1587, a freguesia de Panque anexou a de São Martinho de Mondim. Panque orgulha-se de ser a terra mãe dos ilustres Domingos Vaz, Abade de Santa Ovaya e Damião Coelho, Abade de São Martinho de Mondim.

Cossourado BCL
População: 818
Actividades económicas: Agricultura e indústria têxtil
Património: Igreja matriz, cruzeiro e castelo
Orago: S. Tiago
Cossourado foi couto instituído por D. Afonso Henriques, em 1135, e assim permaneceu muito tempo, até pertencer à terra e julgado de Aguiar e depois passar a comenda da Ordem de Cristo. Aparecendo já documentada no século XI, vem no Censual do Bispo D. Pedro, com a designação de Santa Maria da Cadavosa, o que indica que a sua primeira matriz não foi a igreja actual, mas a Capela de N. Sr.ª da Cadavosa e, com efeito, não só se sabe que a actual igreja foi apenas construída no século XVIII, como informações de 1758 revelam que a referida capela foi, antigamente, abadia paroquial. Outras teses acrescentam que a mesma capela tanto corresponde à extinta Igreja Paroquial, que ainda é, algumas vezes, chamada de “Igreja Velha”.
Apresentando-se nas inquirições de 1220, com o nome De Sancto Jacobo de Coissoirados, Cossourado foi ainda conhecido por Courado e, mesmo por Encosoyrado (censo 1527). Segundo o Padre António Gomes Pereira, o seu topónimo deriva, do latim Cossus Auratus, designação que terá sido bastante vulgar na época romana, mas para o arqueólogo Brochado de Almeida, a existência do Castro de S. Simão sugere que a origem etimológica de Cossourado provém, antes, de “coissoiros”, um nome associado aos castros.

Aguiar BCL
População: 551
Actividades económicas: Agricultura e construção civil
Festas e Romarias: S. José (19 de Março) e Santo António (Junho)
Património: Igreja Paroquial de Santa Lucrécia, Capela de Santo António e povoado castrejo.
Artesanato: Cestaria
Colectividades: Rancho Folclórico de Aguiar e Centro Social e Desportivo de Aguiar
Orago: Santa Lucrécia

Balugães BCL
População: 822
Actividades económicas: Agricultura, indústria têxtil e transformação de madeira
Festas e Romarias: Senhora da Aparecida (15 de Agosto), S. Martinho (11 de Novembro) e S. Bento (11 de Julho)
Património: Ponte das Tábuas, Igreja de S. Martinho (séc.IX), Capela de S. Bento, Casa da Carranca e povoado castrejo
Outros Locais: Senhora da Aparecida, no monte do Castro
Artesanato: Arcos de madeira para a agricultura e gamelas
Colectividades: Associação Baluganense de Cultura e Desporto
Orago: S. Martinho
Situada a meio da encosta, nascente sul, do monte da Caramona, a freguesia estende-se pelo fértil vale do Neiva. É banhada pelo rio Neiva e pelo ribeiro Nevoinho que nasce em Cabaços, concelho de Ponte do Lima.
Balugães, povoação anterior ao séc. XII, era uma abadia da apresentação da Mitra de Braga, por concurso sinodal. O seu topónimo tem origem nos balugães, ou balugões, espécie de borzeguins, indicando que na terra se faziam muitas balugas, borzeguins ou botas altas com atacadores.
A Capela da Aparecida localiza-se no alto do monte do Castro onde Nossa Senhora se revelou ao pastor João Alves, “o mudo”, em 1702, que a partir de então passou a “falar publicamente”. No seu interior jaz, em campa rasa, o vidente.
Nas costas desta capela e por cima do penedo da aparição, foi construída uma pequenina capela onde se venera a imagem do Senhor dos Passos
O Mosteiro da Senhora da Aparecida fica em frente à Capela da Aparecida. A sua construção foi promovida pelo Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles no início do século XVIII com o produto das esmolas dos devotos e de um vultuoso legado do Abade Francisco Teixeira Tinoco. A grande fachada, ladeada por duas amplas torres sineiras, tem sobre a porta principal um varandim de ferro, para o qual se abrem três janelas. No frontão está, num nicho, a imagem da Senhora da Aparecida. O frontão é de madeira, com pinturas, representando de um lado, Cristo Morto, do lado oposto, a Ceia. Possui outros elementos decorativos e uma banqueta de prata. Os dois altares laterais são da mesma época e têm frontais de talha pintada.
À antiquíssima romaria da Senhora da Aparecida, a 15 de Agosto, deslocam-se romeiros de todo o Minho.
A Capela de S. Bento foi reconstruída no século XVIII, também pelo Abade Francisco Teixeira Tinoco. Conserva da primitiva traça a capela-mor, com arco cruzeiro ogival, ornado de troncos de árvore com os ramos decepados. Da Casa de S. Bento saíram vários homens ilustres, como o Conselheiro Dr. José de Abreu do Couto de Amorim Novais e seus irmãos, Dr. Luís, Dr. Francisco e Dr. João de Amorim Novais.
A Casa da Carranca pertencia no séc. XVII à família Tinoco. Actualmente apenas tem de notável a frente mandada construir pelo Abade Tinoco. Sobre a carranca, que deu nome à casa, está o brasão de armas dos Teixeiras e Tinocos. Outras casas importantes foram a dos Magalhães, a do Ribeiro, a do Souto, a do Machado em Algares e a da Cancela.
De relevar ainda os abundantes vestígios de um povoado castrejo, nos limites da freguesia com a do Carvoeiro, e um conjunto de cistas datáveis da Idade do Bronze.

Durrães BCL
População: 708
Actividades económicas: Agricultura, indústria têxtil e construção civil
Festas e Romarias: S. Lourenço (10 de Agosto)
Património: Ponte Seca (Arcos)
Outros Locais: Zona arqueológica (Mte. Arefe), Picoto dos Mouros, Bouça da Giesta, Castelo e Senhor do Lírio
Colectividades: Associação Desportiva Recreativa e Cultural Lírio do Neiva, Gene, Grupo de Estudos Históricos do Vale do Neiva
Orago: S. Lourenço

Barroselas VCT
População: 3549
Actividades económicas: Serralharia, transformação de madeira, indústria têxtil, construção civil, comércio e pequena agricultura
Festas e Romarias: Senhora da Conceição e S. Pedro (Junho)
Património: Igreja paroquial, Igreja do Seminário, cruzeiro e pontes românicas
Outros Locais: Largo de S. Sebastião, Monte da Grela, praias fluviais de Vale e Foz, Azenhas, Senhora da Conceição, açudes e engenhos no Neiva
Gastronomia: Cozido à portuguesa, Cerâmica, arroz doce e sarrabulho
Artesanato: Artefactos em madeira, bordados e tecelagem
Colectividades: Banda Velha de Barroselas, Banda Escuteiros de Barroselas, Assoc. Casa do Povo de Barroselas e Artes Marciais, Conferência Vicentina, Sociedade de Columbofilia, Grupo Cénico de Barroselas, Grupo de S. Paulo, Núcleo Desportivo de Barroselas, Assoc. Desp. de Barroselas, Centro Social e Cultural de Barros
Orago: São Pedro
Feiras: Semanal, às quartas-feiras e anual, na Quarta-Feira de Cinzas e 1º domingo de cada mês.
A Freguesia de Barroselas, dista cerca de 14 km da cidade de Viana do Castelo, a sede do concelho e do distrito a que pertence Ocupa uma área de aproximadamente 790 ha, estendendo-se desde o rio Neiva até aos pontos elevados da serra da Padela.
A Sul, estabelece limites territoriais com o concelho de Barcelos. A Norte, com as freguesias vianenses de Mujães e de Vila de Punhe. A Nascente, com a Freguesia de Carvoeiro e a Poente com a freguesia de Alvarães.
Anteriormente, esta freguesia, se chamava Capareiros ou Couto de Capareiros.
Barroselas era um lugar da extinta Freguesia de Capareiros. Foi em 3 de Março de 1971, que passou a designar-se Barroselas em função do lugar já existente. Posteriormente, em 18 de Dezembro de 1987, foi elevada à categoria de Vila.
O padroeiro desta freguesia é S. Pedro e as suas festividades realizam-se a 29 de Junho de cada ano.
Capareiros, era couto dos arcebispos de Braga. Houve em aqui um convento de frades beneditinos que passou a abadia secular no século XVI. Era seu padroeiro Paio Peres, que deu o padroado ao arcebispo D. Paio, pelos anos de 1125.
Juntamente com Mujães e Vila de Punhe, à Freguesia de Barroselas está ligado o lugar das Neves, onde, a 5 de Agosto, se realiza a segunda maior romaria do concelho de Viana do Castelo, a designada " Representação do Auto da Floripes".
Acerca da história desta freguesia, no livro " Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais" encontra-se a seguinte resenha, que aqui se transcreve na integra:
«A primeira referência conhecida a Capareiros remonta ao ano de 1115, data em que Pascoal II confirmou à Sé o couto de Capareiros. Existiu aqui um mosteiro antigo de frades bentos que, em 1126, foi doado a D. Paio Mendes.
O couto de Capareiros foi criado por D. Afonso Henriques em 1134. Foi, desde os inícios da nacionalidade, um dos notáveis coutos da Sé de Braga e, como se refere nas Inquirições de D. Afonso III, em 1258, o prelado tinha aí paço.
Em 1320, Capareiros, então denominada “Sancti Petri de Capateiiros”, foi avaliada em 100 libras.
Em 1528, tendo por padroeiro São Paio, a igreja de Capareiros, enquadrada na Terra de Aguiar de Neiva, era câmara do arcebispo. As Inquirições de 1758, referem-na como abadia da apresentação “in solidum” da mesa e câmara arcebispal da Mitra de Braga. Por estar sujeita à Mitra de Braga, por cujos meirinhos eram julgadas as suas causas, o conto de Capareiros gozava dos privilégios eclesiásticos. Nesta conformidade, os delinquentes e presos capturados no conto eram encarcerados no aljube dos eclesiásticos, em Braga.
No foro administrativo, Capareiros era um pequeno concelho que tinha jurisdição temporal com câmara, vereadores, juiz ordinário. escrivão e meirinhos, de nomeação arquiepiscopal (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, apêndice. vol. XXXX.
No Cadastro da Província do Minho, organizada pelo Engº Custódio José Gomes Vilas Boas Boas em 1799, parte desta freguesia pertencia ao termo de Barcelos, julgado de Neiva, sendo a restante da Patriarcal de Braga.
Em 1852, aparece na comarca Viana do Castelo e, em 1878, no julgado da Vila de Punhe. O concelho de Capareiros foi extinto por Decreto de 6 de Novembro de 1836 e a sua única freguesia, Capareiros, incorporada no concelho de Viana do Castelo (v. Acta da sessão da Câmara de Viana, de 4 de Janeiro de 1837).
O lugar de Barroselas veio a designar oficialmente a freguesia, por força do Decreto do Governo de Marcelo Caetano, de 20 de Fevereiro de 1971, publicado no Diário do Governo de 5 de Março do mesmo ano.»
Nos tempos que correm deste início do séc. XXI temos em Barroselas uma evolução demográfica que tem sido pautada por um crescimento populacional gradual e paulatino.
A freguesia possui um património monumental, do qual se salientam: a Igreja Matriz, o Seminário dos Passionistas, a Capela de S. Sebastião, a Ponte do Ribeiro dos Reis Magos, no lugar das Alvas, que apresenta um traço românico, e está classificada desde 1990, como “Valor Concelhio” . Também se encontra uma ponte, no lugar de Boticas, que parece ser dos tempos medievais.

Tregosa BCL
População: 633
Actividades económicas: Agricultura
Festas e Romarias: Senhora do Calvário (Agosto)
Património: Capela de Santo António
Outros Locais: Senhora do Calvário
Artesanato: Tamancaria
Colectividades: Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Tregosa, Associação Desportiva e Cultural de Tregosa e Conjunto Reis do Norte
Orago: Santa Maria/Nossa Senhora da Expectação
Tregosa, Orago Santa Maria, era uma abadia da apresentação da Mitra.
Tregosa foi outrora conhecida por Trebousa, Tragosa e ainda pela denominação de Torgoosa que assim viria de torgo, raiz, nome de planta espécie de urze. Esta freguesia vem nas inscrições de 1220 com a designação “De Sancta Maria de Torgoosa”, de Terra de Neiva.
A freguesia de Tregosa, situada na bacia orografia do Neiva, parte em planície, parte na encosta norte e nordeste do monte Arefe, é banhada pelo Rio Neiva, que a atravessa. Existem duas pontes sobre este rio nesta freguesia, a velha reconstruída em 1905 e a nova construída mais recentemente para nela passar a estrada de Barroselas a Durrães.
De acordo com os últimos Censos, tem uma população que ultrapassa os 600 habitantes distribuídos pelos diversos lugares da freguesia: Ponte, Além do Rio, Igreja, Devesa, Aldeia, Sobreiros, Casais, Montizelo, Lage e Freixieiro.
De características agradavelmente rurais, a sua actividade económica assenta fundamentalmente na agricultura, surgindo com menores índices a indústria e o comércio.
Santa Maria, sob a invocação de Senhora do Ó, é a distinta Padroeira de Tregosa, contando com cerimónias religiosas no segundo Domingo de Outubro. Há ainda nesta freguesia festividades em honra do senhor, da senhora do Calvário e ainda o Festival Folclórico que atrai numerosos forasteiros à freguesia.
Atractiva ainda pelo seu artesanato, encontra noutros motivos dignos de visita e apreciação na área da monumentalidade onde sobressaem várias Capelas, três Cruzeiros, o Nicho de santo António do Penedo a as Alminhas da Ponte.

Fragoso BCL
População: 2202
Actividades económicas: Agricultura e indústria têxtil
Património: Igreja matriz
Outros Locais: Casa da Espregueira
Orago: S. Pedro
O topónimo da freguesia - Fragoso - deriva das características naturais do terreno demarcado por muitas fragas e barrancos.
Quanto às suas origens não é possível definir qualquer data que as situe no tempo. Apenas podemos referir, como documento mais antigo e importante da sua história, a Carta de Doação de Couto concedida por D. Afonso Henriques à Ermida de S. Vicente de Fragoso, no ano de 1127.
Dentro do espaço delimitado na Carta, além da freguesia de S. Vicente, encontrava-se também a de S. Pedro e ainda parte do lugar de Cardoso, nos limites de Tregosa. O antigo território do Couto constitui hoje a freguesia de S. Pedro Fragoso.
Texto da Carta de Doação
"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Eu, Afonso, Infante, filho de Henrique e da mãe Rainha D. Teresa, apraz-me fazer, como faço, Couto e Termo à própria Ermida de S. Vicente de Fragoso para remédio da minha alma e da dos meus avós e faço aquele Couto e Termo por amor de Nosso Senhor Jesus Cristo e a fim de achar misericórdia diante de Deus Omnipotente no dia do Juízo e, para que os servos de Deus que aí habitam ou habitarem se lembrem de mim nas missas, e nos salmos, e em todas as obras que ao Senhor pertencem; e eu instituo por Termo, como é da minha vontade, e direito como limita de Cardoso, e daí pelo termo de Arefe, e daí pelo termo de Quintiães, e limita pelo termo de Feração, e daí como limita pelo termo de Palme e corre por entre ambas as fozes e vai, atravessando o rio, a rio seco, e pelo termo antigo a que chamam Carraria, torna a Cardoso. Estes são os limites de S. Vicente de Fragoso que eu, Afonso Infante, estabeleço. E assim, desde este dia ou tempo, seja este Termo ou Couto isento do meu direito e entregue ao vosso direito ou domínio para a dita Ermida. Se, desde este dia ou tempo, alguém, seja Rei ou Rainha, ou Conde, ou Poder ou não Poder, quiser infringir este meu feito, seja imediatamente excomungado e anatematizado e tenha a sorte de Judas traidor, e pague à dita Ermida ou a quem a representar doze mil soldos e cinco mil talentos em ouro, e que esta minha determinação permaneça firme. Foi feita esta divisão, conhecimento, e inventário em 30 de Novembro de 1165 (1). Eu, Afonso, Infante, por meu punho a confirmo e corroboro em nome de Cristo. Vermudo Ermitão os vi e confirmo, Egeas Mendes, conde de Neiva, os vi e confirmo, Serracino, conde de Aguiar, os vi e confirmo; Ermigo Moniz, conde de Santo Estêvão, confirmo; Nuno Gomes, conde de Neiva, os vi e confirmo; Afonso, conde, confirmo; Lourenço, confirmo; Nuno Gomes, confirmo. Foram testemunhas Gonçalves, Pelágio, Vermudo; Pedro, presbítero, que notou." Notas: - O original da Carta de Couto foi escrito em latim e encontra-se transcrito na Chancelaria de D. Afonso III, na Torre do Tombo.
- (1) O ano de 1165, que se encontra no texto da Carta, respeita à era de César e corresponde ao ano 1127 de da era Cristã.

Forjães EPS
População: 3000
Actividades económicas: Indústria têxtil, comércio e agricultura
Festas e Romarias: Santa Marinha (meados de Julho), Senhora das Graças (meados de Julho), e S. Roque (fins de Agosto)
Património: Igreja Matriz, Capela de S. Roque, capela Senhora das Graças, Solar de Pregais, Menhir de Infia e Quinta de Curvos
Outros Locais: Azenhas do rio Neiva, largo de S. Roque e piscinas Municipais
Gastronomia: Papas de sarrabulho, cozido á portuguesa e vinho à lavrador
Artesanato: Cestas e tapetes de junco, louça regional pintada à mão e tapeçaria
Colectividades: ACARF-Assoc. Cultural Artística e Recreativa de Forjães, Grupo coral de Forjães, Assoc. Equestre Tauromáquica de Forjães, Forjães Sport Clube, Grupo de Danças e Cantares de Forjães, Grupo Assoc. de divulgação tradicional de Forjães, Casa do Povo de Forjães e Núcleo de Cicloturismo de Forjães
Orago: Santa Marinha
Feiras: Quinzenal
O documento mais antigo conhecido, é anterior à Nacionalidade, data de 1059, que, não referindo a denominação "Forjães", reporta-se já a "Santa Marinha". "Et in ripa de Nevie ecclesia vocabulo Sancta Marina integra".
A partir desta data, Forjães começa já a aparecer em documentos escritos, associado sempre a Santa Marinha: Em 1113 refere-se "in villa Froganes"; em 1186 "Casal de Froganes"; em 1196 D. Sancho concede a Gonçalo Mendes, juiz de Neiva, carta de Couto "de ecclesia Sancte Marine de Neiva"; em 1258 aparece já o nome de paróquia "Parrochia Sancta Marine de Frogiaes"; e, por fim, em 1290 refere-se já o nome de freguesia "Freguisia de Sancta Marina de Forjães".
Estes e outros manuscritos, são a confirmação de vida, ambiente e mentalidade muito mais antigos, praticados neste local, hoje terra de Forjães. Basta observar um conjunto de mós romanas e outros vestígios arqueológicos descobertos, para concluir e confirmar estas afirmações.
As mós romanas são continuadas por outro conjunto bastante numeroso, de azenhas no rio Neiva e regatos, seus afluentes, como consta dos arquivos do mosteiro de Palme.
O pão e o vinho foram (e ainda são) a base de alimentação das populações locais. Por isso, no dia da sua festa, surge a imagem de Santa Marinha com espigas e uvas nas suas mãos.
Não há muito tempo, a terra era o único meio de subsistência das populações. Quando o tempo era favorável não faltavam os frutos da terra e os cereais em abundância. Pelo contrário, quando a terra não produzia, era o tempo da fome, pestes e da escravatura dos rendeiros que não tinham com que pagar as rendas aos senhorios. Nestas e noutras alturas, lá estava Santa Marinha para interceder sempre pela população, junto de Deus.

Antas EPS
População: 2010
Actividades económicas: Agricultura, pirotecnia, transformação de mármore e madeira.
Festas e Romarias: Santa Tecla (1.º domingo de Setembro), Nossa Senhora das Vitórias (1.º domingo de Agosto) e S. Paio
Património: Igreja, Capela de Santa Tecla, Capela da Senhora do Rosário, Casa de Belinho, Quinta Velha, Menhir (Monumento nacional) e Castro no Monte da Cividade
Outros Locais: Praia da Foz do Neiva e Rio Neiva.
Artesanato: Destilaria
Colectividades: Associação Rio Neiva, Antas F. C., Associação de Caça e Pesca, Escola de Música da Banda dos Bombeiros Voluntários de Esposende e Grupo Polifónico de Antas
Orago: S. Paio
Pertenceu à apresentação do mosteiro beneditino de S. Romão do Neiva.
A freguesia de S. Paio de Antas situa-se no extremo norte do concelho de Esposende estando separada do distrito e concelho de Viana pelo rio Neiva.
Possui dois lugares bem distintos que muito têm a ver com a própria orografia. Na parte mais a poente, constituída pela planície litorânea com verdejantes campos, situa-se a estância balnear de Guilheta, foz do Neiva. Ultrapassada a arriba fóssil, paralela ao oceano, deparamos com um tipo já bem diferente, mais acidentado e com imensa vegetação arbórea denominada por Lugar de Cima.
O nome da freguesia, Antas advém de uma civilização milenária que deixou por aqui os seus testemunhos. Por aqui abundavam, e são já poucos os testemunhos megalíticos, os monumentos comummente chamados de mamoas, mas que vão tomando variados nomes como antas, orcas, madorras, mamuinhas, etc. São exemplos o dólmen que se situa no lugar de Azevedo e um outro no lugar de Soleima. Também, e ainda dentro da área do megalitismo, de referir o menhir de S. Paio de Antas. Este situa-se numa pequena elevação de terreno no lugar do Monte, frente à igreja paroquial. Foi considerado imóvel de interesse público em 13 de Julho de 1976. É constituído por um monólito granítico com 1,65 m de altura por 1,5 m de diâmetro. É, sem dúvida, dos mais baixos que se conhecem. Atribuíveis ao neolítico apareceram, em 1940, doze sepulturas intactas de onde foram retirados alguns vasos de chapéu invertido ou largo bordo horizontal e esqueletos. Foram classificados como de interesse público. O material exumado foi levado para o Museu da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Relativamente, ainda, a vestígios arqueológicos nesta freguesia, refira-se a existência de testemunhos da cultura castreja e do período da civilização romana, como o castro de Belinho, descoberto frente ao portão da quinta do poeta António Correia de Oliveira, onde se encontrou imenso material cerâmico (fíbulas, mós, etc.), e cuja escavação pôs a descoberto algumas estruturas de construção. Outro testemunho é o povoado situado no lugar de Azevedo.
Nas Inquirições de D. Afonso II, em 1220, Antas aparece com a designação de “Sancto Pelagio de Antis”.
Mais tarde, com Afonso III, em 1258, voltou a ser inquirida. Estas inquirições são esclarecedoras quanto ao povoamento da aldeia. Aí se diz que Gustavo Menendi Doucristi comprou uma herdade e uma Bouça em Belinho, supondo-se que se refira ao lugar de Belinho, que era foreira do rei e aí construiu uma casa. No séc. XIII podemos dividir o território de Antas em três núcleos: a vila de Azevedo, a vila de Antas e a herdade de Belinho.
Na igreja paroquial, na parede exterior do lado sul, existe uma inscrição com os seguintes termos: “Na era de 1163 aos 2 de Abril, Dom Paio Suares fundou estas obras por mercê”. A inscrição terá vindo de outro templo, talvez o primitivo e de feição românica, e incorporada no actual.
Possui alguns solares, sendo dois brasonados: o da Quinta de Belinho, onde residiu e jaz sepultado o poeta António Correia de Oliveira e a Quinta Velha do Ferreiro. Nesta, por cima do portão, existe uma bela imagem em granito dedicada a Nossa Senhora da Cabeça.
Um dos templos mais importantes da freguesia, se não do concelho, é a pequena capela de Santa Tecla, junto à foz do Neiva, que já vem mencionada nas Inquirições de 1220 e 1258. A traça primitiva foi alterada em sucessivas obras de manutenção. Outra capela de referência obrigatória é a de Nossa Senhora do Rosário, pertença da Casa de Belinho. Foi construída no séc. XVI e é composta por alpendre, corpo central e capela-mor. A licença do Ordinário foi dada em 1592 e desde então esteve sempre aberta ao culto.

Castelo do Neiva VCT
População: 3244
Actividades económicas: Agricultura, construção civil, pesca, pequeno comércio e indústria
Festas e Romarias: Nossa Senhora de Guadalupe (último domingo de Agosto) e Nossa Senhora dos Emigrantes (primeiro domingo de Agosto)
Património: Igreja paroquial, capela da Senhora de Guadalupe e da Senhora das Neves
Outros Locais: Foz do rio Neiva, praia, monte do Castelo e castro de Moldes
Artesanato: Tapeçaria
Colectividades: Grupo Cultural e Recreativo de Castelo do Neiva e Grupo Desportivo Castelense
Orago: S. Tiago
Situada a aproximadamente, 12 km da Cidade de Viana do Castelo, no extremo sul do Concelho do mesmo nome, ao qual pertence, a Freguesia de Castelo do Neiva, que ocupa uma área de cerca de 764 ha, tem os seus limites estabelecidos na seguinte ordem: A Norte, encontra-se a Freguesia de Chafé. A Sul, tem-se o rio Neiva, com a Freguesia de Antas, do Concelho de Esposende, na outra margem. A Nascente, está a Freguesia de Neiva, conhecida "popularmente" como S. Romão do Neiva. A Poente, confronta com o Oceano Atlântico.
Os seus principais lugares são Areia, Junqueira, Santiago, Capela, Sendim de Cima e Sendim de Baixo.
Como se compreende, o rio Neiva, que entrega as suas águas ao Oceano Atlântico, aqui em Castelo do Neiva, muito contribui, em parceria com o mar, para o engrandecimento desta freguesia, assim, não é por acaso que faz um dos seus topónimos, "do Neiva", o outro tem a sua raiz, como veremos mais adiante, no seu antigo, mas já desaparecido, "Castelo".
Portanto, estes dois santuários naturais, o rio e o mar, interferem, positivamente, na forma de vida da sua população. Isto porque, a componente turística se sobressai, em razão das suas potencialidades.
Daí, que a classe piscatória tenha, também, muita importância na economia local. Seja pelos aspectos turísticos promovidos pela sua fauna, ou pela gastronomia local que com os seus produtos enriquecem.
Esta, é uma terra muito antiga, e a comprovar essa ligação ancestral, anterior à Idade do Ferro, tem-se o facto de se ter encontrado, no Lugar de Gândara, uma Mamoa, que era um monumento megalítico utilizado para se depositarem os mortos. Refira-se que, junto à capela da Senhora das Oliveiras, se encontrou uma necrópole, e que durante as obras na Igreja Paroquial se descobriu uma Arco Votivo.
De enorme importância, também, para Castelo do Neiva, é o Monte do Castelo, onde no seu cimo existiu um importante castelo medieval que foi cabeça da Terra de Neiva. Foi conquistado por Nuno Álvares Pereira, aquando da crise de 1383-1385. Desfez-se depois. Dele se vêem apenas os alicerces da sua torre de menagem e alguns pedaços do muro da cerca.
Neste monte houve também um extenso povoado castrejo.
Acerca do Castro e Castelo do Monte da Guilheta, transcrevemos, na íntegra, um texto do Dr. António da Cunha Leal, publicado no livro “Viana do Castelo, o Minho na Alma”, da Anégia Editores, obra que contou com o honroso prefácio do Dr. Defensor Oliveira Moura: «Este povoado fortificado insere-se no contexto da chamada "cultura castreja", que caracterizou o Noroeste Peninsular durante a Idade do Ferro. Embora os vestígios conhecidos revelem uma fortíssima romanização, a redondez das estruturas habitacionais bem como algumas das formas e pastas dos vestígios cerâmicos, são a prova material da sua origem “castreja”. Nos trabalhos arqueológicos já efectuados, dirigidos pelos Drs. Eduardo Jorge Lopes da Silva e José Augusto Maia Marques, aparecem variados vestígios romanos, nomeadamente cerâmicas de importação (ânforas e terra sigilata).
Os capacetes e copos de bronze aparecidos com as terraplanagens para a construção de uma casa no sopé do povoado, bem como algumas moedas da época do Imperador Augusto, sugerem que terá sido por volta da mudança da Era, entre o século I a.C. e o século I d.C., que o povoado conheceu o seu apogeu, não se sabendo, contudo, a data precisa do fim da ocupação romana do local.
Na Idade Média, foi o local escolhido para a instalação de um castelo roqueiro, que com o tempo foi ganhando foros de primazia na região, assumindo-se como "cabeça" da Terra de Neiva.
Importante na acção da reconquista, numa região frequentemente assolada pela pirataria e pelas incursões árabes, o Castelo de Neiva teve um papel relevante na preparação da batalha de S. Mamede (1128), momento crucial para o processo de independência de Portugal. A reorganização administrativa dos finais do século XIV, bem como o facto de ter sido uma das fortalezas minhotas que "levantou voz" por D. Beatriz contra o Mestre de Avíz, futuro rei D. João I, foram os principais responsáveis pelo progressivo declínio do castelo, até à sua total desactivação, já na primeira metade do século XV.
Os materiais arqueológicos provenientes desta estação, encontram-se expostos numa das salas do edifício da Junta de Freguesia de Castelo do Neiva".»
Ainda, acerca da história desta freguesia, no livro "Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo" colhe-se a seguinte informação transcrita, aqui, tal como lá se encontra: «Denominou-se outrora Neiva ou Castelo. Esta freguesia da Ribeira Neiva formou, juntamente com a de São Romão, a vila que, no tempo de D. João I, se chamava Aguiar de Neiva.
Pertenceu ao padroado real, passando mais tarde a abadia da apresentação dos arcebispos de Braga, por troca confirmada pelo rei D. Dinis, em 1307.
E citada nas Inquirições afonsinas, de 1220 e 1258, tendo por padroeiro Santiago.
Em 1290, nas primeiras Inquirições de D. Dinis, figura com categoria de freguesia, no julgado de Neiva.
Na taxação das igrejas a que se procedeu em 1320, Santiago de Neiva foi tabelada em 120 libras.
No registo da cobrança das "colheitas" dos benefícios eclesiásticos do arcebispado de Braga, efectuado por D. Jorge da Costa, entre 1489 e 1493, tinha de rendimento 20 libras, o correspondente a 520 réis, em dinheiro com "morturas" e 26 réis de dízimas de searas.
Américo Costa descreve esta freguesia, que diz ter-se denominado, primeiro, Santiago de Neiva e, só mais tarde, Castelo do Neiva, como abadia da apresentação do Ordinário.
Administrativamente, e por ter sido sempre da Terra de Neiva, passou a fazer parte do termo e concelho de Barcelos, até aos começos do século XIX, altura em que passou ao concelho de Viana do Castelo.»
Nos tempos actuais, a história de Castelo do Neiva faz-se pelo trabalho dos seus autarcas, que com esforço, encontram soluções para resolverem problemas da população. Autarcas, que reivindicam, a quem de direito, soluções para questões que não se inserem nas suas competências e disponibilidades financeiras. Tudo para que se desenvolva a sua terra e engrandeça a sua história, e das suas populações cuja economia está a ser revitalizada, pois já não se baseia apenas a agricultura e na pesca, ambas agora, mais de subsistência, mas sim na construção civil, em carpintarias e outras oficinas, no comércio, na hotelaria e restauração, nos serviços e, efectivamente, no turismo, por ser uma das poucas freguesias desta região, que se orgulha do privilégio de ter: rio, mar e montanha.
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Agostinho
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Mensagempor Agostinho » terça out 16, 2007 20:34

Fauna e Flora do Rio Neiva (aqui estão retratados apenas os mais comuns no Neiva, muitos outros ficaram de fora):

Fauna

Mamíferos:

LONTRA
NOME CIENTÍFICO: Lutra lutra
TAXONOMIA: Vertebrado, mamífero, carnívoro, mustelídeo
CARACTERÍSTICAS:
Cabeça e tronco: fêmea - 62 cm / macho - 85 cm
Cauda: 40 - 43 cm
Peso: fêmea - 7,4 kg / macho - 10,3 kg (alguns chegam a atingir os 23 kg)
MORFOLOGIA:
A morfologia da lontra traduz uma perfeita adaptação à vida aquática, estando desenhada para oferecer a menor resistência à água:
O corpo é alongado e fusiforme, a cabeça achatada e de orelhas diminutas;
A cauda é longa, pontiaguda mas de base larga, e funciona como leme quando mergulhada;
Os membros são curtos e robustos, terminando em cinco dedos ligados entre si por membranas interdigitais, que auxiliam a propulsão na água.
O corpo encontra-se revestido por uma pelagem densa e macia, apresentando uma coloração uniforme castanho escura, exceptuando o pescoço e o ventre, que têm coloração branca;
A espessa pelagem é constituída por uma camada interna de pêlos curtos, que se mantêm secos enquanto a lontra nada, e armazena bolhas de ar quando esta mergulha, conferindo-lhe um aspecto brilhante; os pêlos exteriores são compridos e impermeáveis.
HABITAT:
As lontras surgem em todo o tipo de habitats de água doce, como lagos e charcos, rios e canais. É por isso que o Rio Neiva constitui o habitat de muitas lontras, embora o seu número seja cada vez mais reduzido, devido a factores como a perseguição humana, a destruição do seu habitat, a poluição das águas, a falta de alimento e a eliminação de vegetação das margens do rio.
MODO DE VIDA:
Têm uma actividade essencialmente crepuscular e nocturna, sendo observada durante o dia em locais pouco perturbados;
Espécie social, constituindo pequenos grupos familiares;
Não apresenta época de reprodução definida;
Uma gestação anual com a duração de dois meses;
Têm uma dieta à base de espécies piscícolas.

Rato d'Água
NOME CIENTÍFICO: Arvicola sapidus
TAXONOMIA: Vertebrado, mamífero, roedor, arvicolídeo
CARACTERÍSTICAS:
Cabeça e tronco: 13 - 22 cm
MORFOLOGIA:
Apesar dos hábitos aquáticos, a morfologia não está particularmente adaptada para o referido efeito:
O corpo de forma arredondada;
Cabeça pouco distinta do tronco e orelhas diminutas;
Cauda cilíndrica, grossa e curta (2/3 do corpo);
O corpo encontra-se revestido por uma pelagem curta, castanho escura, espessa e brilhante.

Répteis

Sardão (Lagarto Comum)
NOME CIENTÍFICO: Lacerda lepida
TAXONOMIA: Vertebrado, Réptil, Escamoso, Sáurio, Lacertídeo
CARACTERÍSTICAS:
Comprimento total médio: 50-60 cm (2/3 correspondem à cauda)
Cor: predomina o tom verde por vezes acastanhado; a característica mais marcante é a frequente presença de 3 ou 4 fiadas longitudinais de manchas azuis orladas a negro que se dispõem lateralmente no corpo. O dorso apresenta pontuações amarelas e negras e a garganta e o ventre podem ser amarelo pálido.
HABITAT:
O Sardão é muito comum nem Portugal (incluindo o Vale do Neiva), não sendo considerado uma espécie em perigo. Ocupa zonas litorais arenosas ao nível do mar até montanhas com 2000 metros de altitude.
MODO DE VIDA:
Espécie tipicamente terrestre, atingindo grande velocidade sobre o solo;
Período de actividade máxima: entre Abril e Junho - nas zonas mais frias hiberna desde Outubro até Fevereiro;
As fêmeas põem os ovos em árvores ocas ou buracos no solo;
Alimentam-se de invertebrados, mas podem consumir vegetais e pequenos répteis, aves ou mamíferos;

Aves

Guarda Rios
NOME CIENTÍFICO: Alcedo atthis
CARACTERÍSTICAS:
Comprimento: 15 -16 cm
Bico:
fêmea: preto avermelhado
macho: preto
Cor: parte superior azul esverdeada e parte inferior laranja avermelhada brilhante;
HABITAT:
O Guarda Rios é residente em grande parte da Europa inclusive em Portugal.
Esta espécie está confinada a rios e ribeiros, sendo esta visível no Rio Neiva.
MODO DE VIDA:
Alimenta-se de peixe (que caça no rio efectuando rápidos mergulhos) do local onde se encontram pousadas, as aves determinam a posição de um pequeno peixe lançando-se depois, de um golpe no ponto marcado na água;
O Guarda Rios põe cerca de 6 a 7 ovos brancos num ninho que é um buraco num talude;
O período de incubação é de cerca de 20 dias;

Gaio (Garnulus glandarius)
NOME CIENTIFICO: Garnulus glandarius
HABITAT:
Característico dos bosques, habita zonas bastante arborizadas.
Possui uma plumagem característica, asas arredondadas e cauda comprida, coroa malhada de preto e branco, bigode preto, dorso castanho, parte inferior castanho-rosada. Tem asas e cauda pretas; em voo mostra uropígio branco bem visível e manchas brancas na parte interna das asas, mancha pequena mas distinta, azul e branca listrada nas grandes coberturas primárias.
Características:
Aspecto geral - tipo corvo
Comprimento - 33-36 cm
Habitat - florestas, sebes, charnecas, jardins
Comportamento - pousa em campo aberto, saltita, esvoaça, levanta voo tanto da vegetação como do solo
Gregarismo - 1-10
Voo - laborioso, directo
Vocalização - áspero kaaa
Ninho - em forma de taça num ramo bifurcado de árvore
Ovos - 5-7, verde-claros, manchas castanho-claras
Alimentação - nozes, crias de aves, vermes, insectos, bolotas
População - desconhecida

Goraz (Nycticorax nycticorax )
O Goraz é uma ave crepuscular, embora possa ser observada de dia junto a cursos de água a alimentar-se, pode ser observado em locais com muita vegetação mas raramente em campo aberto. Os adultos têm coroa e dorso preto em repouso, com asas cinzentas e parte inferior branca, o bico grosso é preto, tarsos e pés robustos de cor amarela. Os juvenis são castanhos sarapintados de branco dorso e listrados na parte inferior.
Esta ave adopta sempre uma postura atarracada com a cabeça e o pescoço muito tempo junto ao corpo, tanto em repouso como em voo.
Características:
Aspecto geral - tipo garça
Comprimento - 58-65 cm
Habitat - pauis, salgueiros cerrados
Comportamento - anda a vau, levanta voo e pousa na vegetação
Gregarismo - colonial, 1-50
Voo - laborioso, directo.
Vocalização - gazeia
Ninho - plataforma em árvore, mata densa ou caniçal
Ovos - 3 a 4; azul claro
Alimentação - peixe e anfíbios.
População - 4500 casais na Europa

Pato Real (Anas platyrhynchos)
Encontra-se bem distribuído ao longo do ano numa variedade de habitats aquáticos, pântanos e zonas alagadas selvagens, também se encontra em lagos nas cidades.
O macho tem a cabeça verde-garrafa e está separada do peito castanho cor de chocolate por um fio anel branco no pescoço, dorso e asas cinzento-claras, parte inferior cinzenta mais clara, extremidade posterior preta com duas penas encaracoladas viradas para cima. As fêmeas são bastante parecidas com as dos patos de superfície.
Características:
Aspecto geral - tipo pato
Comprimento - 55-62 cm
Habitat - água doce, pauis, estuários
Comportamento - nada, faz o "pino" na água, levanta voo e pousa tanto no solo como na água.
Gregarismo - 1-vários milhares
Voo - forte e poderoso, directo
Vocalização - macho - assobia e ronca, fêmea - gua gua familiar
Ninho - cavidade revestida, no solo
Ovos - 10-12, creme
Alimentação - sementes, plantas, invertebrados
População - 1500 000 no Inverno na Europa

Pêga (Pica pica)
Grande corvídeo preto e branco, habitualmente solitária ou em pequenos grupos. Principalmente necrófaga e "ladra", várias vezes observada a penicar cadáveres.
Tem cabeça, peito e dorso pretos, asas pretas com reflexos azuis brilhantes e ovais brancas bem marcadas, abdómen branco; cauda comprida, cuneiforme de reflexos verdes.
Características:
Aspecto geral - tipo corvo
Comprimento - 42-50 cm
Habitat - charnecas, bosques, sebes, jardins
Comportamento - pousa em campo aberto, saltita, levanta voo tanto da vegetação como do solo
Gregarismo - 1-15
Voo - laborioso, directo
Vocalização - áspero tchak-tchak-tchak
Ninho - cúpula de pequenos ramos em moita ou árvore
Ovos - 5-8, azul-claros com manchas cor de azeitona
Alimentação - crias de aves, ovos, carne morta, sementes, insectos
População - desconhecida

Alvéola cinzenta (Motazila cinerea)
De todas as alvéolas, esta é a quer está mais relacionada com a água, encontrando-se preferencialmente junto aos rios, açudes, albufeiras e quedas-d’água.
Quanto á fisiologia esta ave tem a parte superior cinzenta com listra superciliar branca, asas pretas, uropígio amarelo-esverdado e cauda preta comprida com margens brancas.
Características :
Aspecto geral - tipo alvéola
Comprimento - 18-20cm
Habitat - águas doces interiores, pântanos
Comportamento - caminha, pousa em campo aberto, levanta voo e pousa na vegetação como no solo.
Gregarismo - 1-2
Voo - ondulante.
Vocalização - metálico tzitzi ; também um canto que recorda o chapim-azul.
Ninho - taça aprumada numa fenda junta á água.
Ovos - 4 a 6; castanho-claro com manchas acinzentadas.
Alimentação - insectos.
População - desconhecida.

Melro preto (Turdus merula)
Esta ave é muito familiar na Europa, comum nas terras arborizadas, campos e jardins. Sentem-se tão á vontade na cidade como no campo. O macho é todo preto, tendo o bico e os anéis orbitais amarelos; já a fêmea é mais acastanhada com malhas atenuadas no peito, variando a cor destas malhas.
Características
Aspecto geral - tipo tordo
Comprimento - 24-27 cm
Habitat - jardins, bosques, charnecas, sebes.
Comportamento - Pousa em campo aberto, caminha, saltita, levanta voo tanto na vegetação como no solo.
Gregarismo - 1-15
Voo- ondulante.
Vocalização - sonoro e áspero chilro de alarme; também um gorjeio aflautado
Ninho - em forma de taça em árvore ou moita.
Ovos - 4 a 5azul claro com manchas avermelhadas.
Alimentação - insectos, vermes e bagas
População - vários milhões da casais na Europa.

Peixes

Lampreia
Comprimento - até 90 cm;
Cabeça - com olhos pequenos; 7 pares de brânquias; boca em forma de ventosa oval com muitos dentes em fiadas concêntricas; grande dente com 2 pontas;
Corpo - alongado e delgado como uma enguia; 2 dorsais e 1 caudal; pele macia sem escamas;
Habitat - perto da foz dos rios; sublitural; até 400m ou mais; frequentemente fixada ao corpo dos peixes, dos quais se alimentam sugando;
Distribuição - Mediterrâneo, Atlântico, Canal da Mancha, Mar do Norte e Báltico (Foz dos rios, incluindo o Neiva).

Enguia
Comprimento: até 140 cm;
Cabeça: maxilar superior mais longo e com abertura branquial pequena;
Corpo: dorsal longa, inserida bastante atrás dos peitorais; sem pélvicas; minúsculas escamas inseridas na pele;
Habitat: em lagos de água doce, rios e zonas costeiras e no mar profundo;
Distribuição: Atlântico, Canal da Mancha, Mar do Norte, Báltico.

Truta Marisca (Salmo truta)
Comprimento: até 100 cm;
Cabeça: maxilar superior geralmente alcança a margem posterior do olho;
Corpo: com 2 dorsais, a 2ª sem raios e adiposa, mas sendo o dorsal alto, como um pedúnculo caudal;
Habitat: em águas costeiras, migra para os rios para se reproduzir;
Distribuição: Atlântico Norte, Canal da Mancha, e Rios (incluindo o Neiva)

Ruivaca (Rutilus orcasi)
A Ruivaca é um peixe comum e que tolera desde águas límpidas até águas lodosas (com lodo) e meio poluídas. Não tem alimentação exigente e, come tanto plantas como animais.
Vive cerca de 10 anos e as maiores crescem até aos 2 kg de peso.

BARBO (Barbus bocagei)
Origem e distribuição: Espécie autóctone da Península Ibérica. Em Portugal é muito comum, encontrando-se em todas as bacias hidrográficas, à excepção das do Mira, Guadiana e ribeiras do Algarve.
Estão referenciadas mais quatro espécies de barbo: o cumba, o barbo-de cabeça-pequena, o barbo-do-sul e o barbo de Steindachner, endémicas da Península Ibérica, e que se distribuem pelas bacias hidrográficas do Tejo, Mira, Guadiana e ribeiras do Algarve.
Características: Corpo alongado e comprimido lateralmente, com focinho pontiagudo. Boca inferior com lábios grossos, apresentando dois pares de barbilhos bem desenvolvidos.
O último raio simples da barbatana dorsal é ossificado e denticulado. Dorso castanho-oliváceo; flancos e ventre claro.
Habitat: Espécie de fundo, vive no sector médio dos rios, de correntes moderadas e de águas não muito frias, a chamada "zona do barbo". Refugia-se junto às margens, nas pedras e vegetação.
Alimentação: Espécie omnívora/detritívora, alimenta-se de detritos e restos de plantas, moluscos, crustáceos e insectos.
Reprodução: Desova na Primavera, em zonas de fundos pedregosos e arenosos de águas pouco profundas e bem oxigenadas.
Na época de reprodução os machos apresentam umas pontuações brancas à volta do focinho - tubérculos nupciais.
Defeso: 15 de Março a 31 de Maio, sendo a abertura da pesca desportiva antecipada para 16 de Maio, quer seja exercida individualmente ou em competição, sendo nesta última imposta a obrigatoriedade do uso da manga.
Comprimento mínimo: 20 cm

BOGA (Chondrostoma polylepis Steindachner)
Origem e distribuição: Espécie endémica da Península Ibérica, ocorre principalmente nas bacias hidrográficas do norte e centro do país, estando a sua distribuição limitada a sul pela bacia hidrográfica do Sado. Estão referenciadas em Portugal mais três espécies: a boga-portuguesa, a boga-de-boca-arqueada e a boga-do-Guadiana, sendo a primeira endémica de Portugal e as outras duas da Península Ibérica.
Características: Corpo fusiforme e alongado, com focinho proeminente. Boca inferior e sem barbilhos. Lábio inferior com uma placa de bordo cortante. Barbatanas avermelhadas.
Habitat: Vive preferencialmente em locais de água corrente.
Alimentação: Alimenta-se de invertebrados, sobretudo de moluscos, larvas de insectos e vegetais, em especial pequenas algas.
Reprodução: No início da Primavera efectua migrações para desovar a montante, em locais de água corrente, com pouca profundidade e de fundos de areia e cascalho.
Defeso: 15 de Março a 31 de Maio, sendo a abertura da pesca desportiva antecipada para 16 de Maio, quer seja exercida individualmente ou em competição, sendo nesta última imposta a obrigatoriedade do uso da manga.
Comprimento mínimo: 10 cm

TRUTA-DE-RIO, TRUTA-FÁRIO (Salmo fário)
Origem e distribuição: Espécie indígena da Europa. Em Portugal encontra-se nos rios do Norte e Centro e, mais a sul, no troço superior do rio Zêzere e no rio Sever.
Esta espécie possui uma forma migradora anádroma - a truta marisca, que cresce no mar e se reproduz nos rios, ocorrendo nas bacias hidrográficas do Minho, Cávado, Âncora e Lima.
Características: Cabeça e olhos grandes. Mandíbulas com dentes agudos e fortes. A maxila superior ultrapassa o nível posterior do olho.
Coloração muito variável com a idade e o habitat. Geralmente dorso castanho a cinzento esverdeado, flancos esverdeados ou amarelos e ventre esbranquiçado ou amarelado. Corpo salpicado de manchas negras e vermelhas. Barbatana adiposa alaranjada na extremidade.
Habitat: Peixe territorial, vive em águas correntes, bem oxigenadas, límpidas e frescas. É uma espécie muito sensível à poluição e à elevação da temperatura.
Alimentação: Espécie muito voraz, alimenta-se principalmente de invertebrados, larvas de insectos aquáticos e pequenos peixes.
Reprodução: Desova no Outono-Inverno, em locais de fundos pedregosos, em águas pouco profundas, frias e bem oxigenadas. Normalmente migra para montante em busca de zonas de postura. Os ovos são depositados em depressões escavadas pela fêmea no leito dos rios.
Defeso: 1 de Agosto ao último dia de Fevereiro. Em certos rios e albufeiras o período de defeso é diferente
Comprimento mínimo: 19 cm.
Para a truta marisca o comprimento mínimo é de 30 cm.

ESCALO(Leuciscus sp.)
Origem e distribuição: Em Portugal estão referenciadas duas espécies: o escalo do Norte, que se encontra nas bacias hidrográficas a norte da bacia do Mondego, e o escalo do Sul, nas bacias do Tejo, Sado, Mira, Guadiana e ribeiras do Algarve.
Características: São peixes de dimensões médias, de corpo alongado e comprimido nos flancos. Cabeça grande, focinho cónico, boca relativamente pequena. O maxilar superior cobre ligeiramente o maxilar inferior. Os opérculos apresentam estrias muito finas. A coloração do dorso é acinzentada-acastanhada ou acastanhada-esverdeada, com reflexos azulados ou pratedos. Os flancos apresentam frequentemente uma banda preta. Cada escama tem uma mancha negra.
Habitat: Podem viver em locais muito variados, desde os rios de montanha até aos rios de planície.
Alimentação: Alimentam-se de insectos, crustáceos e pequenos peixes.
Reprodução: Reproduz-se na Primavera, desovando em locais de corrente fraca, entre as pedras e a vegetação submersa.
Defeso: Não tem.
Comprimento mínimo: 10 cm

Flora

Arvores

Pinheiro Bravo
NOME CIENTÍFICO: Pinus pinaster
CARACTERÍSTICAS:
É uma das árvores mais comuns em Portugal e, próximo do Rio Neiva, encontram-se facilmente em bouças onde também existe um grande número de eucaliptos. Trata-se de uma árvore alta, atingindo uma altura até 35-40 metros. A copa é de forma aproximadamente cónica e encontra-se sempre coberta de folhas.
- Tronco: coberto por uma casca espessa, rugosa e castanho avermelhada;
- Folhas: (agulhas ou caruma) são grossas, verde escuro vivo (10-25 cm de comprimento e cerca de 2 mm de grossura) e rígidos;
- Flores: floresce em Fevereiro ou Março, com flores que produzem uma grande quantidade de pólen;
- Frutos: (pinha) cónico, castanho brilhante quando maduro e pode ter de 8 a 22 cm de comprimento por 5 a 8 cm de diâmetro. Contém as sementes (penisco), que são propagadas pelo vento.

Carvalho Alvarinho (Carvalho Comum)
NOME CIENTÍFICO
Quercus robar
CARACTERÍSTICAS
No passado, o Carvalho Alvarinho era a árvore dominante nas florestas existentes no Minho, Douro Litoral e Beiras. Apesar disso, a sua população diminuiu, devido ao seu aproveitamento intensivo e crescimento lento.
O Carvalho Alvarinho é uma ávore de grande porte, podendo alcançar os 45 metros de altura e viver mais de 500 anos (alguns chegam aos 1000). Possui uma copa irregular com tronco alto e direito, a partir do qual partem ramos vigorosos quase ao acaso. No topo da copa a folhagem é densa, despindo-se progressivamente para a parte inferior. A casca, inicialmente clara e lisa, vai-se tornando, com a maturidade, mais gretada e castanho escura.
- Folhas: alternas, com 5 a 19 cm de comprimento, têm a parte superior verde e a parte inferior, com nervuras, é pálida;
- Flores: o carvalho floresce em Maio a partir dos 40 a 80 anos de idade;
- Fruto: bolota com 1,5 a 4 cm de comprimento.
Os carvalhos apresentam esferas, os bugalhos, que não são frutos, mas sim tecidos produzidos pela planta face à picada de um insecto, que aí se desenvolve.

Amieiro
Nome científico: Alnus glutinosa
Pertence à familia das Betuláceas (como a bétula e a avelaeira): têm flores masculinas e femininas que coexistem na mesma árvore.
As raízes apresentam nódulos de bactérias fixadoras de azoto atmosférico, que fornecem à árvore este nutriente em forma de nitratos; a planta, por sua vez, satisfaz as necessidades em matéria orgânica das bactérias.
Quando jovem, a árvore ergue-se direita, com casca cinzenta e lisa; ao envelhecer, estende os ramos, e a copa forma uma abóbada que se mantém verde até à queda das folhas. Habitat: zonas temperadas da Europa, bosques húmidos, margens de cursos de água.
Características:
altura: 20 a 25 metros
pernadas tortuosas com ramificações delgadas
folhas: escuras na página superior e claras na inferior; dentadas; arredondadas; chanfradas no vértice; pecioladas
flores: esverdeadas ou avermelhadas, em amentilhos pedunculados, monóicos, os masculinos pendentes, caducos, com brácteas macias, apresentando 3 flores com 4 estames, os femininos ovóides, erectos, apresentando 2 flores com estiletes cada uma
frutos: pequenos, arredondados, achatados, mospérmicos, castanhos-avermelhados.

Salgueiro-branco
Nome científico: Salix alba
Pertence à família das Saliáceas (como o salgueiro-da-babilónia ou chorão)
Habitat: Europa, bosques húmidos, ribanceiras, margens de rios, vales
Características:
altura: 6 a 25 metros
casca gretada quando velha, ramos erectos, flexíveis, ramos jovens com pêlos finos
folhas: com pecíolo curto, lanceoladas, acuminadas, acetinadas, prateadas na página inferior, de bordas inteiros ou serrados
flores: amarelas ou esverdeadas, dióicas, com amentilhos erectos, sedosos
masculina: 2 estames e uma glândula nectarífera
feminina: um pistolo, protegidas por uma escama celheada caduca.

Choupo-negro
Nome científico: Populus nigra
Pertence à família das Saliàceas (como o álamo-negro, o olmo-negro e o álamo-líbico). Esta árvore projecta os primeiros ramos para baixo e abre a ramagem para poder captar bastante luz. É uma planta dióica, visto que existem pés masculinos e femininos. Pode viver 300 anos. O Choupo-negro é uma árvore frágil, exposta a doenças causadas pelo visco, por diversos cogumelos e certos insectos que escavam galerias no interior do tronco e nos ramos.
Habitat: Europa, planícies, solos húmidos
Características:
altura: 20 a 30 metros
tronco grosso, ramagem esguia, irregular e aberta, casca gretada longitudinalmente, gemas ovóides, com escamas viscosas e glabras
folhas: alternas, pecioladas, glabras, brilhantes, mas claras na página inferior, delicadamente crenadas e limbo triangular

Faia
Nome científico: Fagus silvatica
Pertence à familia das Fagáceas. Estas árvores reunem-se frequentemente em florestas onde podem viver 300 anos. As Faias têm formas harmoniosas, abrindo-se serenamente a sua folhagem em copas ovóides e densas. Habitat: Europa, excepto na região mediterrânea, solos frescos e profundos.
Características:
altura: 35 a 40 metros
tronco erecto, cilíndrico até 20 metros antes da ramificação, casca lisa, verde-escura quando jovem tornando-se depois acizentada
Folhas: verde-claras, brilhantes, inteiras, ovais e pontiagudas, com nervuras rectilíneas e bordos ondulados com pêlos sedosos
Amentilhos esbranquiçados, monóicos, pedunculados; sendo os femininos erectos com 2 ou 3 flores
Frutos: trígonos, oleosos, castanhos, em grupos com 2 a 3 numa cúpula coriácea com espinhos flexíveis

Mimosa
Nome científico: Acacia dealbata
Pertence à família das Acácias.
Propaga-se muito rapidamente após incêndios florestais, quer através de rebentamentos de raízes, quer da germinação das sementes. As acácias possuem grande facilidade de invasão, pois rapidamente cobrem os solos dependendo-os da erosão.
Habitat: Norte e centro do país.
Características:
altura: até 45 metros.
folhas: perenes, compostas e com um tom verde acinzentado.
flores: são cachos de pequenos globos amarelos com cerca de 15 mm de diâmetro, que emanam um cluiro intenso.
frutos: vagas acastanhadas deiscentes por duas fendas longitudinais; albergam as sementes.

Freixo
Nome científico: Fraxinus angustifolia
Pertence à família das Oleáceas (tal como a oliveira)
Esta árvore faz usualmente parte da chamada Mata Ribeirinha.
O freixo é estreito e alto e a parte superior da sua copa forma como que uma calote hemisférica.
Habitat: estende-se da Europa central ao Cáucaso e aparece na parte montanhosa húmida do Norte da Península Ibérica; solos com elevados graus de humidade.
Características:
altura: 25 a 40 metros.
a casca da árvore é acizentada e gretada.
folhas: opostas, com 25 a 30 cm de comprimento, compostas, com cinco a treze folíolos (um deles é o terminal), cada um com 3 a 9 cm de comprimento por 0.8 a 2.5 de largura.
flores: pequenos cachos.
frutos: sâmaias estreitas, em forma de lança, com três a cinco centímetros de comprimento.

Outras Plantas

Lírio-amarelo-dos-pântanos
Nome científico: Iris pseudacorus
Pertence à família das Iridáceas.
É uma bela planta espontânea que povoa as margens dos charcos. O seu caule é alto e rígido, coberto de folhas cortantes como lâminas, florescendo as suas flores amarelas a partir de Junho.
Habitat: Europa, margens dos cursos de água; frequente em todo o território português, em rios pântanos.
Características:
altura: 0,5 a 1,2 metros
caule: erecto, duro, ramificado
folhas: amarelas, em grupos de 2 ou 3 na axila das espatas, compostas por 3 grandes sépalas petalóides e pendentes, 3 pétalas estreitas, erectas, 3 peças estigmáticas escondendo 3 estames, cápsula volumosa abrindo-se por 3 valvos e contendo 6 séries de sementes castanhas.
Rizoma: horizontal, vigoroso, canudo, de fractura amarela, provido de numerosas raízes.

Selo-de-salomão
Nome científico: Polygonatum officinale
Pertence à família das Liliáceas.
O vigoroso rizoma do selo-de-salomão dá origem todos os anos a um novo caule que desaparece antes do Inverno, deixando uma marca: esta cicatriz confere um aspecto muito peculiar ao caule subterrâneo. Os seus frutos são azul-escuros, do tamanho de ervilhas, e surgem em Junho. Estas bagas podem causar envenenamentos.
Habitat: Europa, solos frescos, florestas, nas regiões montanhosas de Trás-os-Montes e Alto Alentejo, em locais sombrios.
Características:
altura: 0,2 a 0,5 metros;
caule glabro, erecto, arqueado, anguloso, folhoso;
folhas: alternas, erectas, ovais, subsésseis ou amplexicaules, com nervuras longitudinais convergentes, dispostas em filas opostas;
flores: brancas orladas de verde (lorescem entre Abril e Junho), pedunculadas, pendentes, 1 ou 2 sob o caule na axila de cada uma das folhas, em tubo de 6 lobos formados por 3 sépalas petalóides e 3 pétalas soldadas, 6 estames glabros; baga azul-escura, redonda, pendente, contendo de 3 a 6 sementes;
rizoma: carnudo, horizontal, nodoso e fibroso.

Feto macho
Nome científico: Dryopteris filix-mas
Pertence à familia das Polipodiáceas.
Na Primavera, surgem no solo os tenros rebentos de fetos-macho que, em poucas semanas, se transformam em feixes de admiráveis frondes. As lilas paralelas com manchas azuladas e salientes, vis´veis em cada uma das divisões das folhas, são os reservatórios de esporos, que asseguram a reprodução da planta. No fim do Verão, a membrana dos esporângios abre-se, espalhando os pors pelo solo, que depois irão germinar e dar origem a uma nova planta.
Habitat: Europa, excepto nas montanhas a grande altitude, matas; em Portugal, no Norte e Centro, em locais húmidos e sombrios.
Características:
altura: 1 a 1,4 metros;
frondes compridas, que atingem mais de 1 metros, em tufo, e quando jovens em forma de báculo;
folhas: ligeiramente dentadas: lanceoladas e terminadas em ponta;
soros: na página inferior, alinhados em duas fileiras, próximas da nervura;
rizoma: acastanhado, esbranquiçado no interior, horizontal, espesso, com raízes pretas.

Feto-real
Nome científico: Osmunda regalis
Pertence à família das Osmundáceas.
Da sua foiça, obliquamente implantada na turfa ou nas margens lodosas, nasce todos os anos, na Primavera, um pequeno feixe de croças claras e frágeis, que se desenrolam lentamente; as frondes libertam-se progressivamente e algumas, depois de desenroladas, chegam a atingir 2 metros de comprimento, enquanto outras se curvam de novo em direcção ao solo.
No fim do período de crescimento, surgem por vezes, na extremidade de algumas frondes, grandes espigas de cor bege-rosada, que são folhas férteis: cobertas de esporângios que, num momento preciso, se abrem e libertam os esporos.
Habitat: Europa, pântanos e turfeiras; em Portugal, nos locais húmidos do Minho ao Algarve.
Características:
altura: 0,6 a 2 metros
caule subterrâneo
frondes enrolados em báculo, robustos, verde-avermelhados, em seguida erectas, abertas, verdes, em moitas, pecíolos robustos, limbo glabro, duplamente dividido em folíolos inteiros ou denticulados e praticamente opostos, arredondados no vértice, truncados obliquamente ou auriculados na base. Pecíolos secundários com frondes férteis diferenciados numa comprida panícula terminal castanha coberta por esporângios globulosos, tetraédricos.
Rizoma: oblíquo, espesso, volumoso e com raízes.

Erva-traqueira
Nome científico: Silene vulgaris
Pertence à família das Caryophyllaceae
Planta vivaz, verde glauca. Folhas desde ovadas a lineares. Flores com pétalas brancas profundamente bífidas. Caracteriza-se pelo cálice em balão verde claro.
Floração: Abril a Setembro.
Habitat: solos arenosos, em zonas muito variáveis, podendo encontrar-se a grandes altitudes.

Anémona-dos-bosques
Nome científico: Anemone trifolia
Pertence à família das Ranunculaceae.
Ervas perenes com folhas tripartidas e serradas. Segmentos do perianto brancos, corados de rosa ou púrpura, interiormente com anteras brancas ou azuis. Planta subatlântica, uma das espécies notáveis do Parque Nacional.
Floração: Março a Junho.
Habitat: nos carvalhais.

Aquilégia
Nome científico: Aquilegia vulgaris
Pertence à família das Ranunculaceae.
No fim da Primavera, cobre-se de flores de cores suaves formadas por cinco peças, cada uma prolongada por um esporão recurvado.
Habitat: Europa, bosques, prados, terrenos rochosos, sobretudo calcários; espontânea ou subespontânea na Beira Litoral.
Características:
altura: 0,6 a 0,8 metros;
vivaz, caules erectos, pubescentes, ramificados, formando tufos.
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"Das grandes traições iniciam-se as grandes renovações."
Agostinho
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Mensagempor Agostinho » terça out 16, 2007 20:36

Lendas relacionadas com o Rio Neiva (algumas):

Lenda do Rio Neiva
Neiva era o único Rio nascido do seio do poderoso Rei Oural (Rei Oural é o sentido figurativo da mais alta serra do Vale do Neiva). Era um príncipe cristalino que brincava, constantemente, com as pedras preciosas do palácio de deu pai, ora abraçando-as, pra beijando-as. O Rei orgulhava-se em vê-lo, tão vivo e tão brilhante, a crescer dia a dia, no interior de seu seio. Mas a missão do grande Rei Oural, ordenada, pelo seu Criador, era ajudar a criação de todas as gerações, dando por todos os séculos o seu sangue.
Neiva - disse um dia o Rei - sobe ao solo e desliza pelo vale que mais te interessar, até ligares o teu esbelto corpo ao nosso Mar.Ordenarei, pelas veias dos montes meus súbditos, que todas as fontes se liguem ao teu corpo para assim as tuas forças serem multiplicadas, pois encontrarás no percurso muitas dificuldades a vencer.Ficarás sempre ligado ao meu corpo até à consumação dos séculos, pois és o sangue das minhas veias, as quais te darão sempre vida, e serás o instrumento de ligação ao Mar. Darás, generosamente, o teu sangue a todos os seres vivos. Nunca recuses, seja quem for, bom ou mau, o teu auxílio, pois o nosso Criador ordena: Fazer bem, sem olhar a quem. Banha toda a terra do vale que se chamará, de hoje para o futuro, Vale do Neiva. Ele adoçará o teu amargor e te fará bom para beber; far-te-á sair dos rochedos do meu corpo para matar a sede do seu povo sequioso. Corre, meu filho, e cumpre a tua missão. Neiva o obedeceu e começou a subir, por entre os rochedos e apareceu, à luz do dia, como espelho de cristal a cintilar aos raios do sol.
Inclinou-se para os quatro pontos do mundo, mas deslizou pela vertente, em direcção à freguesia que se chama, presentemente, Godinhaços. Com o seu correr, a terra começou a deslocar-se para dar passagem ao jovem Príncipe. Chegou ao sopé de monte e logo, das vertentes dos lados direito e esquerdo, se uniram as primeiras fontes que o animaram no caminho a percorrer. Seguiram o seu destino, ora por cima de rochedos, ora movendo, grande massa de terra a qual à sua frente ia desaparecendo. Ervas e raízes de árvores afastavam-se ao abrir o sulco. Não demorou muito tempo e o seu corpo já era uma força, pois as fontes das vertentes se uniam, constantemente. Assim, a tarefa era menos penosa, pos o caudal tudo desbaratava à sua frente: pedras, areias, árvores e terras.

O Padre Cesteiro
Havia um padre que era cesteiro. Em cada dia da semana fazia um cesto. Quando tivesse seis cestos, não se esquecia que no dia seguinte era Domingo. Em certo Domingo, o padre não apareceu para celebrar a missa. Foram procurá-lo a casa e encontraram-no a fazer um cesto. Teima que não é Domingo porque ainda só tem tem feito cinco cestos.
Em face de se ter enganado e o povo afirmar que é Domingo, disse: - como já comi, não posso dizer missa, mas vou à igreja, prego-vos um sermão que vale mais por vinte missas, mas só ouvirá a sermão aquele que estiver na graça de Deus.
Foi para o púlpito e gesticulava como se pregasse, mas não se ouvia nenhuma palavra. Uma velha, que estava a dormir debaixo do púlpito, acordou quando o padre tinha acabado de gesticular, e para que não dissessem que tinha estado a dormir, começou por dizer que nunca tinha ouvido sermão tão bonito. Foi o bastante para o povo pegar em tesouras, navalhas e facas, e cada pessoa cortava um pedaço de roupa à velha, porque a julgavam na graça de Deus, e por pouco ia nua para casa.
(contado por José Monteiro da Costa - Durrães - Barcelos)

Lenda das Maleitas
Toda a rapaziada do Vale do Neiva aprende a nadar, desde os 10 anos.
No fim de nadarem e mergulharem, vestem-se sem enxaguarem o corpo. Depois de vestidos, para se livrarem das maleitas, pegam em duas pedrinhas, uma em cada mão, virando as costas para a água, atiram-nas para trás, e tapam imediatamente os ouvidos com as duas mãos, pois não podem ouvir a queda das pedras na água, nem ver a ondulação que as mesmas provocam na água, murmurando:
Maleitas, vai a Braga, maleitas, vai ao Porto, saiam todas do corpo.Depois de um momento, tudo desaparece, e já se podem virar, porque estão livres das maleitas.
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"Das grandes traições iniciam-se as grandes renovações."
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Mensagempor Agostinho » terça out 16, 2007 20:37

O Rio Neiva:

Localização
A bacia hidrográfica do Rio Neiva fica localizada na Região Norte de Portugal, com uma orientação WSW-ENE
Características
Área da bacia: 242 Km2
A bacia hidrográfica do Rio Neiva situa-se no maciço Hespérico na zona Centro Ibérica e é caracterizada geológicamente por granitos e alguns terrenos modernos (aluviões), junto à foz do rio.
Climaticamente, insere-se na fachada atlântica, que se caracteriza pela ocorrência de verões moderados e invernos suaves e chuvosos.
Caudal Médio Anual: 3,3m3/s
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Mensagempor Hugo.Panda4x4 » terça out 16, 2007 20:46

BEM :? não tinhas mais nada :o
Imagem...sempre por maus caminhos...
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Mensagempor Agostinho » terça out 16, 2007 21:42

As pontes por onde vamos passar (se poder coloco as fotos de todas as pontes e com mais qualidade):

Ponte da EM540
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Ponte do Castro
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Ponte de Vilar das Almas
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Ponte da EM539-1
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Ponte do Outeiro da Ribeira
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Ponte de Anhel
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Ponte de Mondim
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Ponte de Barreiros
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Ponte da Aveleira
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Ponte Romana de Bouças
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Ponte da Cadavosa
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Ponte de Cossourado
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Ponte Medieval de Nevoinho (esta não atravessa o Neiva)
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Ponte de Samariz
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Ponte das Tábuas
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Ponte Nova de Durrães
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Ponte do Morgado
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Ponte Sêca (esta como o nome indica não passa nenhum rio é uma ponte do Linha do Minho)
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Ponte Real
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Ponte de Durrães
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Ponte das Pesqueiras
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Ponte do Vale
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Ponte de Tregosa
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Ponte de Fragoso
A nova
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A velha
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Ponte Celta
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Ponte Velha
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Ponte Nova
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Ponte do Neiva
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Editado pela última vez por Agostinho em terça out 23, 2007 8:20, num total de 6 vezes.
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