Inspirado nos post's do Nuno e do Jagyver, sempre que tiver disponibilidade, irei visitar algumas das aldeias mais pitorescas do Minho, a ideia é fazer algum TT, mas com uma componente turística, e apenas 2 aldeias por VolTTa
A ideia é conhecer os locais e não fazer km's
Para já na agenda estão Arga de Cima e Arga de Baixo (Seera de Arga)
Arga de Cima
Informação Sumária
Padroeiro: Santo Antão.
Habitantes: Cerca de 87 pessoas (I.N.E. 2001).
Eleitores Inscritos: 100 eleitores em 31-12-2003.
Sectores laborais: Agricultura, pecuária e construção civil.
Tradições festivas: Nossa Senhora do Rosário (1º domingo após 15 de Agosto) e S. Silvestre (31 de Dezembro) e Santo Antão (17 de Janeiro).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial, Capela do Santo do Alto e Serra d’Arga.
Artesanato: Fiação de lã e bordados.
Gastronomia: Cabrito à serra de Arga e sarapatel.
Associativismo: Associação de Danças e Cantares Genuínos da Serra de Arga.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS
A Freguesia de Arga de Cima estende-se por cerca de 868 hectares e, como o seu topónimo indica, situa-se num dos pontos mais altos da Serra de Arga, a aproximadamente 17 km, da vila de Caminha, a sede do concelho a que pertence, sendo composta pelos lugares de Gandra, Torno, Bouça, Souteiro, Tojal e Lages.
Das principais atracções turísticas da freguesia, a autarquia realça o seu património monumental, composto pela Igreja Paroquial, pela Capela de Santo do Alto (conhecida como do Santo do Chocalho) a qual está associada a várias lendas e histórias da Serra d’Arga, pelo Pontão do Lobo, sobre o Regato da Fraga que é uma referência da Serra, em Arga de Cima, pela sua construção tosca de características impares. Refira-se que não faltam, espigueiros, moinhos, quedas de água e outras construções em xisto e granito que são a marca ancestral do povo das Argas na luta pela sobrevivência. Povo que parece aqui viver desde os tempos megalíticos, porque se entende, pese embora não haver história desses tempos tão remotos, em Arga de Cima, a verdade é que nesta região, em algumas terras vizinhas, existem as provas de que por estas paragens, viveram comunidades humanas milénios antes da nossa era cristã.
RESENHA HISTÓRICA
A respeito da história desta freguesia, no livro "Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo" diz textualmente:
«No censual de D. Frei Baltazar Limpo (1551-1581), refere-se que esta freguesia pertencia, na época, ao mosteiro das freiras beneditinas de Valboa, situado em Campos, Vila Nova de Cerveira.
Nos Inquéritos Paroquiais de 1758, porém, esta igreja é mencionada como às religiosas do convento de Santa Ana, de Viana do Castelo, que tinham o direito da apresentação do vigário. Na verdade, o mosteiro de Valboa, com todos os seus bens, fora ao tempo incorporado neste convento. À abadesa do dito convento pertenciam os dízimos da freguesia, cabendo-lhe, em contrapartida, a obrigação de pagar ao pároco uma côngrua de 12 mil réis.
Segundo o Padre Cardoso, a freguesia esteve sujeita no foro secular às justiças da vila de Caminha e, no eclesiástico, às da vila de Valença.
A freguesia estava anexada administrativamente à vizinha freguesia de Arga de Baixo, até 1904, aquando do alvará de 9 de Dezembro.
Nos censos de 1911 a 1930 tinha anexada a freguesia de Arga de Baixo.»
Arga de Baixo
Informação Sumária
Padroeira: Nossa Senhora da Assunção.
Habitantes: Cerca de 99 pessoas.
Eleitores Inscritos: 149 eleitores em 31-12-2003.
Sectores laborais: Agricultura, pecuária e construção civil.
Tradições festivas: Nossa Senhora do Rosário (15 de Agosto) e Senhora da Rocha (25 de Julho).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja e cruzeiro paroquial, Capela da Nossa Senhora da Rocha, Serra de Arga, quedas de água do Franjode e dos Calderões, moinhos e espigueiros.
Artesanato: Fiação de lã e bordados.
Gastronomia: Sarapatel da serra de Arga, cabrito à serra de Arga e enchidos de porco.
Associativismo: Associação de Danças e Cantares Genuínos da Serra de Arga.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS
Esta freguesia, localizada em plena Serra de Arga, ocupa um território de 970 ha, distando cerca de 16 km da sede concelhia, a Vila de Caminha. Os três lugares principais da freguesia são: Arga, Castanheira e Barziela. O seu topónimo, Arga de Baixo, não significa que esteja a baixa altitude, muito pelo contrário, justifica-se, pelo facto existir a Freguesia de Arga de Cima, que Lhe estabelece os limites a nascente. A norte esses limites acontecem com a Freguesia de Covas, pertencente ao Concelho de Vila Nova de Cerveira, a sul está a Freguesia de Montaria, pertencente ao Concelho de Viana do Castelo. A Poente está a Freguesia de Arga de São João pertencente ao Concelho de Caminha. O seu território, farto em granitos e xistos, proporciona um admirável aspecto rústico, tão característico destas cercanias, e que são um dos seus aspectos turísticos.
As outras mais valias, em termos de atracção desta freguesia, são: as quedas de água, sendo a dos caldeirões a mais atraente, moinhos, espigueiros, pontes que se perdem na memória dos tempos, a Ponte das Traves é uma das que melhor testemunha o passado histórico da fixação do homem nestas terras. Aliás, esse passado não passa despercebido nesta região montanhosa, e a prova disso encontra-se a poucas centenas de metros desta freguesia, na vizinha Freguesia de Arga de São João. Aí o seu Mosteiro de São João de Arga, que segundo o Padre António Carvalho da Costa (Sec.XIX), foi mandado construir por S. Frutuoso, bispo de Braga, no reinado de Sisebuto, estando acabado no ano de 661, porquanto esta era se achou escrita em uma pedreira da igreja (Coreografia Portuguesa).
São marcas indiscutíveis da importância que o homem, no passado, deu às Argas e onde, portanto, Arga de Baixo, que não tem documentação tão longingua, mas que tem vestígios desse passado, onde o património edificado, legado pelos ancestrais, não deixam dúvidas.
RESENHA HISTÓRICA
A respeito da história desta freguesia, e que agora sim documentado, no livro "Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo" diz textualmente:
«A primeira referência histórica a esta freguesia encontra-se no Censual de D. Frei Baltasar Limpo (1551-1581). Neste documento alude-se a Santa Maria da Ladeira, que atendendo às confrontações indicadas para a sua localização, se pode identificar com Arga de Baixo.
Foi curato da apresentação do abade de Covas, a quem estavam reservados metade de dois prestimónios da Ordem de Cristo.
Em meados do século XVIII já estava construída a igreja paroquial, como atesta a data inscrita num cunhal da igreja e o próprio Inquérito Paroquial de 1758.
A Estatística Paroquial de 1862, contudo, refere-a como sendo da apresentação da Casa do Infantado, tendo passado mais tarde a vigairaria.
Segundo o P. Cardoso, Santa Maria de Arga estava sujeita no foro secular às justiças da Vila de Caminha e no eclesiástico às de Valença.
Nos censos dos anos de 1911 a 1930 tinha anexada a freguesia de Arga de Cima.»
Em Arga de Baixo tal como em outras terras desta região, a agricultura na economia local subsiste até hoje. Contudo, esta é, na sua totalidade, de auto-subsistência e caracterizada pela produção doméstica de vinho, batata, feijão e milho e pela pastorícia.